Os pesquisadores Pedro F. Develey, diretor da organização não governamental SAVE Brasil, e Benjamin T. Phalan, chefe de conservação do Parque das Aves de Foz do Iguaçu, publicaram resultados de pesquisa que demonstra o potencial que ações podem ter para prevenir a extinção de espécies de aves da Mata Atlântica. O artigo foi publicado no mês de maio na revista científica Frontiers in Ecology and Evolution.
No texto, os autores relembram o quadro de extinção de espécies brasileiras no passado e as ameaçadas de extinção no presente, pontuando as causas que levam a esta situação. Apesar das adversidades, Develey e Phalan argumentam que esforços de conservação da biodiversidade podem ajudar a prevenir uma onda de extinções. Os pesquisadores recordam resultados positivos alcançados com a conservação de espécies como mutum-de-bico-vermelho (Crax blumenbachii), arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) e tiriba-de-peito-cinza (Pyrrhura griseipectus), que passaram de "criticamente em perigo" para "em perigo" — categorização de grau de ameaça dada pela Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), publicação que agrupa a situação de espécies ameaçadas de desaparecer em todo o Planeta.
Entre os esforços que podem resultar nesta prevenção, os autores listam ações no campo da politica, governança e atuação junto a autoridades governamentais. Também pontuam a efetividade da proteção e manejo de habitats, ações intensivas junto à população das espécies ameaçadas — que envolve medidas como controle de predadores ou mesmo criação em cativeiro para reintrodução posterior com maior segurança —, pesquisa científica e frentes de comunicação para sensibilização pública.
A versão completa do artigo pode ser acessada e lida neste endereço: https://doi.org/10.3389/fevo.2021.624587
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